O NOVO ARMÁRIO DE TRABALHO DA GERAÇÃO Z
A gente tá cansada de saber que roupa comunica, mas que sobretudo ela pode trazer conexão e apontar para um novo tempo, e é assim que eu vejo o armário de Stella Bak do seriado The Morning Show, da Apple TV.
A personagem de Greta Lee, chega para ocupar o antigo cargo de Cory Ellison, e se torna a nova chefe do departamento de notícias da UBA. Além de ser jovem, ela é a figura que vai trazer os novos ares para a emissora, além de ser a ponte para trazer a nova conexão com os novos públicos que estão engajados com as pautas sociais e políticas.
O armário de Stella comparado ao das outras personagens deixa bem claro o que a personagem representa.
Quando você observa os looks da Alex Levy, personagem de Jennifer Aniston, a gente vê um armário super clássico e conservador, nada fora do lugar. Enquanto Stella mistura alfaiataria com moletom, roupas mais esportivas, tênis e menos maquiagem.

Olhar para as duas personagens é ver duas gerações com ideias e valores diferentes, porque a roupa comunica isso.
Mas não é porque Stella Bak seja a representação da nova estética da roupa de trabalho da geração Z, que ela não se utiliza dos códigos, não só para trazer a sua personalidade, mas também para trilhar a sua jornada ali na empresa.
A série retrata vários momentos em que colegas de profissão colocam a prova sua competência por conta da sua experiência e idade e ela sempre consegue se sobrepor, mas quais são os códigos que reforçam a sua força?
O cabelo com corte reto e super alinhado, traz uma sensação de inflexibilidade, as sobrancelhas grossas, pigmentadas e também com um design mais reto, quebra um pouco da delicadeza do olhar.
Na terceira temporada ela ganha um pixie cut, que traz o rosto mais em evidência, e reforça a imagem de força para imagem.

O segundo código presente na imagem dela são os uso das cores escuras e opacas. Ainda que ela use peças mais esportivas e não tão estruturadas como blazer, que aparece muito pouco, as cores escuras transmitem mais firmeza, solidez, mais introvertida e séria.
A roupa de trabalho já ganhou grandes modificações, principalmente no jornalismo, nós vemos homens e mulheres com roupas menos formais nas telas, a Mari Palma é um exemplo disso. E a roupa, é uma dessas formas de trazer mais conexão e ser mais acessível com os novos públicos.
A grande frase da vez é que não existe certo ou errado na moda, e na verdade não tem mesmo, porém é preciso saber quem você é nessa fila do pão, para não perder a sua identidade.